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quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

MOYSEIS MARQUES COMANDA O RÉVEILLON DA PRAIA DO FLAMENGO!

Se procurava uma opção mais tranquila ao réveillon de Copa, seus problemas acabaram: o cantor e compositor Moyseis Marques faz show na virada do ano da Praia do Flamengo, ao lado da banda Joia Rara.

A apresentação terá inicio às 22 horas e se estenderá até a queima de fogos, que esse ano terá 25 minutos de duração. Também estão programadas apresentações de DJs e da bateria da escola de samba da São Clemente.

Venha e traga a sua familia! A festa no bairro é conhecida por ser uma das mais tranquilas e familiares da cidade!

E feliz ano novo!

terça-feira, 28 de dezembro de 2010

MOYSEIS MARQUES RECEBE PEDRO LUIS HOJE NO BAILE JOIA RARA!

É hoje: a última edição do ano do Baile Joia Rara! Moyseis Marques recebe o cantor e compositor Pedro Luis, no Clube dos Democráticos, na Lapa!

Criado na Tijuca, ao pé do Morro do Salgueiro, Pedro Luis acostumou-se desde cedo à batucada. Quando começou a despontar, em meados dos anos de 1990, foi saudado como um dos inovadores do cenário da música popular, misturando rap, samba, hip hop, maracatu e funk. Esse lado inventivo pode ser visto em seus projetos musicais, tanto no grupo A Parede, quanto no bloco carnavalesco Monobloco.

Mas, no Joia Rara, Pedro Luis irá mostrar o seu lado sambista, apresentando em primeira mão, “Canção-matriz”, samba composto em parceria com Moyseis. Além disso, os dois cantores dividem o palco para interpretar sucessos como “Disritmia”, de Martinho da Vila, e “A ordem é samba”, gravado por Jackson do Pandeiro e revisitado por Pedro no disco “Vagabundo”, junto com Ney Matogrosso.

Nos intervalos, o DJ Zédoroque transforma o Democráticos em uma grande pista de dança, animando o público com música brasileira de todos os tempos.

Lista amiga: bailejoiarara@gmail.com
(nomes enviados até 16h no dia do evento)




domingo, 19 de dezembro de 2010

MOYSEIS MARQUES E O BAILE JOIA RARA RECEBEM A CANTORA LEILA PINHEIRO NESTA TERÇA NA LAPA!

Após cinco edições em 2010, entre Circo Voador e sede do Bola Preta, nas quais recebeu cantores e músicos como Moraes Moreira, Moacyr Luz, Rita Ribeiro, Zé Renato, Teresa Cristina, entre outros, o cantor e compositor Moyseis Marques leva o seu Baile Jóia Rara para o tradicional Clube dos Democráticos, na Lapa, para uma temporada de três shows nas terças-feiras de dezembro.

Mantendo a tradição do Baile, que é a de sempre receber outros artistas, Moyseis convidou para essa temporada, dia 21, uma das cantoras mais versáteis da MPB, Leila Pinheiro, que se destaca por transitar por diversos ritmos, sempre com interpretações inspiradíssimas.

Embora seja associada à bossa nova, devido aos discos gravados nos anos 80 e 90, dedicados ao movimento, ela estreou nacionalmente ao defender o samba "Verde", de Eduardo Gudin e José Costa Netto, no Festival dos Festivais, o penúltimo grande festival de música realizado no Brasil, promovido em 1985 pela TV Globo.

E é esse lado "sambista" de Leila que poderá ser visto no Joia Rara. Além da já citada "Verde", ela dividirá o palco com Moyseis para
duetos em "Minha Verdade" (D. Ivone Lara/Délcio Carvalho), esta gravada em épocas diferentes por ambos, em "Noite dos Mascarados"
(Chico Buarque), entre outros sambas.

Outra novidade desta edição é a nova formação de palco da banda Joia Rara, que passa a mesclar os dois shows atuais de Moyseis: “Fases do Coração”, no estilo roda de samba; e “Pra Desengomar”, que tem uma pega mais “jazzy”, com piano, baixo e bateria. Assim, a formação passa a ser: Alessandro Cardoso (cavaquinho e arranjos musicais), Henrique Martins (violão), Samuel Oliveira (sax e clarineta), Luis Louchard (baixo), Netinho Albuquerque (pandeiro), Rodrigo Reis (percussão), João Bittencourt (piano) e Cassius Theperson (bateria).

Nos intervalos, o DJ FUKÔ, da festa MARACANGALHA!, transforma o Democráticos em uma grande pista de dança, animando o público com música brasileira de todos os tempos.

Lista amiga: bailejoiarara@gmail.com (nomes enviados até 16h no dia do evento)


NA PRÓXIMA TERÇA, DIA 28, O CONVIDADO É O CANTOR E COMPOSITOR PEDRO LUIS! IMPERDÍVEL!

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

MOYSEIS MARQUES CANTA COM O AMIGO E PARCEIRO MOACYR LUZ EM BOTAFOGO

Nesta sexta-feira, dia 3, o cantor e compositor Moyseis Marques faz participação especial no show de Moacyr Luz & Samba do Trabalhador no evento "Severiano", em General Severiano, sede social do Botafogo Futebol e Regatas.

É a mais nova roda de samba da Zona Sul, que estreia com o pé direito! Será que veremos uma dobradinha de Moyseis e Moacyr em "Saudades da Guanabara"?

Garanta seu nome na lista amiga, clicando aqui.

sábado, 13 de novembro de 2010

MOYSEIS NA SEMANA DA CONSCIÊNCIA NEGRA 2010!


Quer assistir a um show do Moyseis na faixa? Vá á Praça XV nesta quinta-feira, dia 18, e veja-o cantar no evento que celebra a semana da Consciência Negra 2010, evento que celebra a cultura afro e orgulho negro. No mesmo palco também se apresentarão Dudu Nobre, Luiza Dionizio, Aleh Ferreira e o grupo Melanina Carioca.

Apareça!


quarta-feira, 20 de outubro de 2010

TODA QUINTA TEM MOYSEIS EM DOSE 'TRIPLA' NO CARIOCA DA GEMA

Não entendeu, né? É Moyseis Marques em três sets de muito samba e música brasileira na sua já tradicional noite no Carioca da Gema às quintas-feiras, a partir das 21:30 horas, cantando ao lado da banda Jóia Rara.

O Carioca da Gema fica na Rua Mem de Sá, 79 - Lapa. O telefone para reservas é 2221-0043.

Quer uma provinha? Assista ao vídeo abaixo e sinta o clima!


quarta-feira, 13 de outubro de 2010

O BAILE QUE FOI REALMENTE UMA JÓIA RARA!

Uma noite inesquecível: este foi o sentimento das mais de 1.200 pessoas que estiveram na sede do Cordão da Bola Preta para mais uma edição do Baile Jóia no último dia 11. Um mestre de cerimônia afiado, Moyseis Marques destilou o melhor do samba e da música popular brasileira e teve a companhia magistral da cantora Teresa Cristina, o que só fez tornar o momento ainda mais especial.

Exatamente à meia noite, Moyseis subiu ao pouco pedindo licença aos orixás e abriu os caminhos para um show memorável. Sempre interagindo com o público com suas tiradas, ele apresentou um repertório que foi de Luiz Carlos da Vila, Paulo Cesar Pinheiro, Martinho da Vila a Ivan Lins, Chico Buarque e Gordurinha, além de, claro, fazer um passeio nos dois CDs lançados por Moyseis, “Moyseis Marques”, de 2007, e “Fases do Coração”, de 2009.

Após a primeira metade do show, Teresa Cristina subiu ao palco para um dueto em “14 anos”, música de Paulinho da Viola, que está no primeiro disco de Moyseis. E assim foram dividindo os vocais em diversas outras canções até que ela, sozinha, mostrou a força do samba cantando músicas de seu repertório. No fim, juntos entoaram o clássico “Portela na Avenida” em homenagem à azul e branco de Madureira, escola de samba do coração desses dois grandes cantores.

Com o palco ao seu dispor novamente, Moyseis mostrou porque é uma das vozes masculinas mais marcantes de sua geração, passando por sambas, forrós, partido alto, samba enredo, entre outros gêneros. O auge, porém, foi o momento “romântico” da noite, ao dividir
os vocais com o público em “Rio Antigo”, de Chico Anysio e Nonato Buzar, que foi grande sucesso na voz de Alcione, e “Sem Fantasia”, de Chico Buarque. Após sair ovacionado do palco,
Moyseis entregou o Jóia Rara para os DJs Aroldo e Fukô, da festa Maracangalha, que não deixaram a peteca cair até 5 horas da manhã.

Por esses e por outros motivos – os casais recém formados e apaixonados que o digam – que esta edição do Baile Jóia Rara ficará gravada na mente dos que estiveram presentes. Se você perdeu, continue acompanhando as comunidades do Moyseis nas redes sociais e fique sabendo dos próximos shows, deste que já é uma realidade da música brasileira.

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sexta-feira, 16 de abril de 2010

ENTRE ASES E CORINGAS

Ruy Castro*


Moyseis Marques tem apenas trinta anos, mas sambistas como ele não devem ser medidos por suas idades cronológicas. Como continuadores de uma tradição, têm a idade dessa tradição. Parecem trazer dentro deles a herança, o eco, a lembrança de rodas de samba ancestrais, em remotas biroscas do Estácio ou da Cidade Nova, do tempo em que as coisas estavam realmente começando e seus praticantes se chamavam Newton, Ismael, Brancura, Bide ou Marçal. A filiação musical de Moyseis e sua identificação melódica e rítmica com o Estácio parecem tão nítidas – mesmo que por [ilustre] via de Elton Medeiros, Chico Buarque ou Luiz Carlos da Vila – que, estivessem vivos hoje, Chico Alves e Mario Reis já o teriam gravado.


Ao mesmo tempo, numa época em que, em mãos alheias, a música parece encolher para dar lugar a línguas foragidas de Babel, como o funk, o rap e a eletro-pancadaria, Moyseis canta valores como cozinhas ladrilhadas, pinga para o santo e feijão para os amigos – como em “Panos e planos” [dele, em parceria com Luís Carlos Máximo]. Anacrônico? Não. No plano do samba, o tempo não passa e certos valores são constantes. E quando alguns, de repente, dão as costas ao Rio pelos mercados de fora, Moyseis toma o metrô para Vicente de Carvalho e vê pela janela o desfile de ases e coringas do Carnaval: “Surgiram novos cantores/ Poetas, compositores/ Alunos, professores/ De bar, de criação/ Que esplendor!” – como em “Cartas de metrô”, sua réplica ao fabuloso “Subúrbio”, de Chico Buarque, que ele também canta aqui e, no mano a mano, vê-se que a sua não fica a dever à viagem de trem do mestre. Não há bairro do Rio que não tenha suas próprias reservas de samba, e sábio será quem levar sua música para se abastecer delas.


Desde seu primeiro CD, lançado há dois anos, também pela Deckdisc, Moyseis firmou seu lugar no território mais concorrido e disputado do panorama musical brasileiro: a noite da Lapa. Todas as quartas-feiras, ele está no Carioca da Gema – e quem passa pela rua, ouve o som que vaza pelas janelas e é informado de que não pode entrar porque lá dentro não cabe mais ninguém, sente-se roubado de alguma experiência vital. Ao mesmo tempo, a Lapa é ciumenta de seus expoentes e não gosta que eles se esbaldem fora de suas fronteiras. Foi assim com Teresa Cristina, que lutou para se ouvir no resto do mundo, e tem sido assim também com Moyseis. Mas isso pode mudar, agora que sua irresistível “Pretinha, jóia rara” – “Pretinha, jóia rara/ Treme as cordas vocais/ A paz estampa a cara/ Acalentando os casais/ E geme o peito aflito/ Do perito rapaz/ Meu canto é mais um grito/ A preta tá com cartaz...” – acaba de ser incluída na trilha da novela Caminho das Índias, cuja autora, Gloria Perez, é dos que vão ouvi-lo com freqüência na Lapa.


Das treze faixas de “Fases do coração”, oito, entre as quais a faixa-título, têm o violão ou caneta de Moyseis, em parceria com craques como Edu Krieger, Zé Paulo Becker ou Luís Carlos Máximo, e todas parecem feitas para o seu estilo, jeito ou voz. Nesse sentido, é um disco mais autoral que o de estréia, embora Moyseis não abra mão de cantar os sambas que admira e de autores com quem se identifica – como dona Ivone Lara e Delcio Carvalho, em “Sonho e saudade”, Evandro Lima e Marquinho China, em “Lá se foi meu verão”, e Toninho Geraes e Roque Enrico, em “Mágoa”.


Mas nada supera seu amor por Luiz Carlos da Vila, cujo “Oitava cor” [com Sombra e Sombrinha] é uma das obras-primas da música brasileira dos últimos anos [“Pois é, assim é o nosso amor/ Do arco-íris a oitava cor”] e talvez a faixa mais emocionante do disco. A morte de Luiz Carlos, em 2008, abalou todos que o conheceram, de show, de disco ou de amizade, mas seu impacto sobre Moyseis foi enorme porque havia uma coisa ali de mestre e discípulo. Há também algo de Luiz Carlos da Vila no som de Moyseis e, se ninguém está a salvo de influências, que pelo menos sejam as mais nobres. Moyseis não podia ter escolhido melhor modelo.


A admiração por um artista pode ser medida também pela qualidade dos músicos que o acompanham – e a turma convocada para este disco pelos arranjadores Alessandro Cardoso, Henrique Band e Paulão Sete Cordas é um escrete que não se reúne para qualquer um.


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*RUY CASTRO é autor de Carmen – Uma biografia (a vida de Carmen Miranda),Chega de saudade (sobre a Bossa Nova) e muitos outros livros, quase todos pela Companhia das Letras.